Oi. Esse é o primeiro relato do meu blog, que se chama “Eu não sei de quem é esse blog”. OK, então, se eu não sei de quem é o blog, como pode ser meu? É que, como alguns já devem ter deduzido, eu não sei ao certo quem eu sou, na verdade. Sei que isso não é exclusividade minha, a maioria das pessoas não sabe ao certo quem é. Finge saber. Constrói uma persona para exibir nas ruas, em sua vida social. Foi pra isso que eu criei este blog, mais um perdido no oceano da web. Pra falar de mim. Ou, talvez, de você.
Quero falar hoje de gente que vive sua vida em ciclos. Não importa o quanto elas achem que se desenvolveram ou melhoraram como seres humanos, sempre retornam ao ponto de partida: são como garotos assustados, cometendo os mesmos erros mais uma vez. Elas se perguntam por que isso ocorre, mas a maioria das respostas, na verdade, elas já têm, só não conseguem trabalhá-las adequadamente. Sentem-se perdidas, com a cabeça a mil, se questionando, se sacando, se estranhando. Como dizem: um gato de rabo grande em uma sala cheia de cadeiras de balanço.
Essa bagunça interna por que passam traz conseqüências, claro. Fica difícil acontecer profissionalmente. A vida pessoal não se resolve. E eu percebo que tudo se resume à sua habilidade em viver a vida. Passar pelas fases da vida em linha reta, aprendendo com os erros, melhorando e, principalmente: deixando pra trás aquilo que não serve. Quem sabe fazer isso, mesmo que não seja muito brilhante, costuma se relacionar com a realidade mais facilmente. Quem não tem essa habilidade, do contrário, dá esses passos cambaleando como um bêbado (muitas vezes literalmente), se perde tentando achar o caminho certo e fica preso dentro de um labirinto criado por si mesmo.
Isso aqui não é texto de auto-ajuda, mas se descrevi o problema, o mínimo que devo fazer é dar minha opinião sobre como lidar com ele. É um processo. Não é uma vitória fácil. E essa vitória não vem enquanto você achar que precisa vencer. Parece um paradoxo, e é, mas se você entrar em guerra consigo mesmo, o máximo que vai conseguir é ficar ainda mais pra baixo. Aceite-se. Às vezes parece extremamente difícil. Outras vezes, incrivelmente fácil. O legal é derrubar as paredes que você mesmo construiu. Por que não dá? Por que não consegue? Talvez consiga. É claro que consegue.
Amigos, eu não sou terapeuta nem tenho respostas. Ao contrário, tô no mesmo barco que alguns de vocês. Só tô trazendo o assunto e colocando na mesa. Expondo prós e contras. Questionando a mim mesmo enquanto questiono a forma que vocês agem. Trocando em miúdos: só tô falando um pouco de mim. Ou, talvez, de vocês.
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